A execução de alimentos pelo rito da prisão é uma medida legal aplicada quando o devedor de alimentos não cumpre voluntariamente com a obrigação alimentar estabelecida judicialmente. Neste caso, o credor (o alimentando) pode requerer ao juiz a aplicação deste tipo de execução.
A execução de alimentos pelo rito da prisão ocorre da seguinte maneira:
1. Pedido de execução: O alimentando deve solicitar ao juiz a execução dos alimentos não pagos pelo devedor. Geralmente, isso é feito por meio de uma petição acompanhada do título executivo (sentença judicial ou acordo homologado).
2. Intimação do devedor: Após o pedido do alimentando, o juiz intima o devedor para que pague o débito em até três dias, com os acréscimos legais (multa de 10% e honorários advocatícios de 10%).
3. Descumprimento do pagamento: Caso o devedor não efetue o pagamento dentro do prazo estabelecido, ele será preso por até três meses em regime fechado.
4. Prisão civil: A prisão civil não se confunde com pena criminal, pois não tem finalidade punitiva, mas coercitiva, visando compelir o devedor a cumprir sua obrigação alimentar. O devedor pode evitar a prisão pagando o débito ou justificando sua impossibilidade de pagamento.
5. Liberação do devedor: Após o pagamento dos alimentos devidos ou se o devedor apresentar justificativa plausível para sua impossibilidade de pagamento, ele será liberado.
É importante ressaltar que a prisão civil por dívida de alimentos é uma medida extrema e visa proteger o direito fundamental à alimentação dos beneficiários. A legislação brasileira estabelece essas medidas para garantir que os alimentandos tenham acesso aos recursos necessários para sua subsistência, especialmente em casos de descumprimento reiterado da obrigação alimentar pelo devedor.